O cobre renova máximas históricas com projeção otimista do Citigroup
Os preços do cobre atingiram novas máximas históricas, impulsionados por uma onda renovada de otimismo após uma projeção ousada do Citigroup. A cotação do metal subiu 1,9%, para US$ 11.662 por tonelada, superando o recorde registrado na semana passada. O mercado ganha tração diante das expectativas de um déficit de oferta, enquanto traders apostam que o aumento dos estoques nos EUA pode atrair cobre de outras regiões.
No cenário-base do Citi, o preço médio do cobre deve alcançar US$ 13.000 por tonelada no segundo trimestre. A equipe liderada por Max Layton acredita que o rali deve se estender até 2026, sustentado por uma combinação de fatores positivos: melhora do ambiente macroeconômico, fundamentos mais sólidos e avanço da demanda global. A projeção é de que o consumo final mundial de cobre cresça 2,5%, impulsionado pelos cortes de juros por parte da Reserva Federal, estímulos fiscais nos EUA, o rearmamento da Europa e a transição energética em andamento.
Desde o início do ano, o cobre negociado na London Metal Exchange (LME) já acumula alta superior a 30%, com o movimento ganhando força nas últimas semanas devido ao receio de que o metal seja direcionado aos EUA em antecipação a possíveis tarifas de importação — um cenário que eleva o risco de esvaziamento de estoques em outros centros relevantes.
Na última sexta-feira, o preço na LME avançou 1,8%, para US$ 11.650,50 por tonelada. Outros metais também registraram ganhos: o alumínio subiu 0,3%, aproximando-se do maior fechamento desde 2022, enquanto o zinco avançou 0,6%.
Os mercados já vinham se posicionando para um novo ciclo de alta no cobre, o Citi apenas formalizou aquilo que muitos traders já antecipavam.